TESTEMUNHOS

Este espaço é teu, é vosso, de toda a família! Vivemos uma fase social, educativa e emotiva distinta de qualquer outra já vivida.
As tuas/ vossas histórias e de toda a família são importantes.
Na forma de um texto, uma história, uma curiosidade, um poema, quem sabe um vídeo, partilha a tua história, os teus momentos e as tuas experiências.
Nota: Deixa-a aqui em forma de comentário ou envia para becresaodomingos@gmail.com

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Por Rui Fidalgo

Testemunho da quarentena
Há quem refira que a palavra "quarentena" tem origem nas suspeitas que as autoridades dos portos marítimos tinham de que se existissem portadores de infeção entre os passageiros ou tripulantes de um navio ficariam 40 dias ao largo do porto, sem atracar. Limitando, assim, a propagação de uma determinada doença.
Em Portugal, este período teve início no passado dia 13 de março ao nível das escolas, e a partir dessa data todas as aulas, trabalhos e avaliações passaram a ser feitos a partir das nossas casas. A tecnologia habitualmente mais usada para a diversão, passou a ser usada também para o trabalho. Novas aplicações informáticas passaram a ser usadas diariamente, e outras, que já eram antes usadas, começaram a ser utilizadas com mais frequência e exploradas mais profundamente. Também a televisão passou a ser usada para as aulas, algo que ouvimos as pessoas mais velhas dizer que também aconteceu no tempo delas. 
Durante este período de tempo, as ruas estão vazias e pouco mais se vê nelas do que um carro a passar ou pessoas a irem às compras. É algo nunca antes visto na História da Humanidade e por mais separados que todos estejamos, mesmo assim continuamos unidos. Durante a quarentena, acho que, por mais que não possamos estar com os nossos familiares e amigos, abriram-se novas oportunidades para comunicarmos mesmo estando distantes, como por exemplo as videochamadas e as aulas na televisão, e também novas maneiras para trabalhar como as videoconferências. 
Na minha opinião, por mais coisas más que o coronavírus tenha trazido haverá sempre alguma coisa boa.



Diz-se que vai ficar tudo bem,
Mas não sei se será verdade.
Espero que num tempo mais além
Isso possa ser uma realidade!


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Por Rui Carapito

Na minha opinião, esta quarentena está a ser uma seca, porque nós não podemos ir à rua por causa do coronavírus e eu só quero que isto acabe para irmos para a escola e para a rua, para o campo de futebol e para outros sítios ... também estar em casa é uma seca.

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Por Rita Albuquerque

A quarentena 
A minha quarentena tem sido muito aborrecida. Este novo vírus que apareceu veio estragar, cancelar, adiar imensa coisa...
A meu ver, apesar do esforço dos professores, os alunos estão a ter muita dificuldade em aprender a matéria sozinhos, todos estamos cansados de estar em casa, sentimos saudades dos nossos mais chegados, dos nossos amigos, das nossas atividades, das saídas, das idas a casa dos amigos, sentimos saudades daquele abraço apertado que nem sempre dêmos o devido valor, mas agora damos valor até ao mais simples gesto...
Eu estou farta de estar em casa. Custa-me estar sem os meus amigos, sem as minhas atividades. Até aparecer este vírus eu não dava muita importância às pequenas saídas, mas a partir de agora vou dar muito mais valor, pois agora ao invés de sair de casa, estou fechada todos os dias, sentada à frente do computador a fazer trabalhos. Às vezes para me distrair toco guitarra e falo com os amigos por videochamada, mas não é a mesma coisa...
Na minha opinião, o coronavírus veio causar danos um pouco na vida de todos nós. Ninguém estava habituado a seguir tantas regras de higiene ou a sofrer tantas restrições na vida quotidiana. 
Há pessoas já a passar fome, outras sem emprego, outras sem condições para viver. A economia está parada, todos os dias a saúde 24 recebe chamadas para acompanhamento psicológico, porque as pessoas têm crises de ansiedade e ataques de pânico e é normal.
E eu quero acreditar que vai ficar tudo bem.


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Por Mónica Pereira

Num mundo diferente

Sinto-me cansada,
farta e desanimada,
destes dias infernais 
e das mudanças radicais.

Com o chegar desta Pandemia,
lá se foi o nosso dia-a-dia.
Ficámos todos trancados, 
num país fechado.

Apesar de tudo,
a vida continua
e estamos todos ligados,
mesmo que seja por fios e cabos. 

Agora com tudo a passar,
só falta esperar,
para a cura encontrar 
e assim tudo terminar.

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Por Martim Vicente

Em tempos de quarentena, estamos a enfrentar uma nova realidade, estamos confinados em casa a viver uma vida totalmente diferente da que estávamos habituados a ter. Tínhamos uma vida livre, em que podíamos sair à rua sempre que quiséssemos, em que acordávamos cedo para ir para a escola, em que saíamos com os nossos amigos nas tardes livres, mas agora tudo mudou, e temos de nos habituar a esta nova realidade. Temos um novo método de ensino completamente diferente, raramente saímos de casa e não vemos os nossos amigos e parentes.
Mas estar de quarentena não é sinónimo de ficar deitado no sofá a ver Netflix ou de ficar sentado o dia todo em frente a um computador a jogar, ou, por outras palavras, a quarentena não é sinónimo de sedentarismo.
Mesmo em quarentena continua a ser essencial manter as nossas rotinas diárias, fazer a higiene pessoal, ter horas de estudo, ter horas para refeições e especialmente manter um bom horário de sono. Graças à quarentena temos mais tempo livre, que podemos usar para ler um livro, aprender algo que sempre quisemos aprender, mas que nunca tivemos tempo ou até para ver a nossa série favorita.
Estamos a viver uma realidade nova, por isso vamos zelar pela nossa saúde e pela dos nossos amigos e familiares e não vamos sair à rua a não ser que seja estritamente necessário. 
Tudo vai correr bem!


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Por Maria Carapito

Foi no dia 2 de março
Que apareceu o primeiro infetado.
Portugal entrou em choque. 
Portugal ficou desesperado.

Mal sabiam o que estava para vir.
Vários casos a aparecer 
Impuseram a quarentena.
Em casa todos têm de permanecer.

Tanto tempo em casa,
Começa a ser desgastante.
Chega a haver momentos de tédio, 
Começa a ser irritante!

Tenho saudades da escola,
Dos amigos, de conviver.
Em casa só temos a família…
Já estou farta de os ver!!!



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Por Maria Paradela

A quarentena, na minha opinião, tem sido boa apesar de ser um pouco aborrecida. Agora temos tempo para fazer atividades tais como puzzles, e conseguimos passar mais tempo com os nossos pais.
Sim, não podemos passar tempo com os nossos amigos frente a frente, mas podemos sempre fazê-lo virtualmente. Não é a mesma coisa, mas dá-te a oportunidade de teres saudades deles (pessoalmente, acho que um pouco de distanciamento é saudável).
Também acho que ver as notícias todos os dias causa ansiedade e preocupação, o que não é bom, porque durante este tempo só podemos fazer a nossa parte e esperar que este vírus se vá embora.


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Por Margarida Santos

Quarentena
Todos nós sabemos que esta pandemia está a ser uma fase muito difícil, especialmente com o estado de emergência, que felizmente já acabou, com o fecho das escolas e lugares públicos, somos obrigados a ficar em casa. Mas, na minha opinião, quanto mais tempo ficarmos em casa, mais fácil será superar a pandemia. Quanto mais nos protegemos, melhor.
Por causa desta pandemia, a nossa vida mudou. Aquilo que mais me agrada é poder ficar em casa e poder ter os meus próprios horários. Mas também tem muitas desvantagens, como por exemplo, não poder ir à escola e não ver os meus amigos. As lojas estão quase todas fechadas e todos os concertos e festivais estão cancelados.
Estes dias da quarentena têm sidos muitos trabalhosos. O tempo quase não chega para a quantidade de trabalhos da escola.
Todos nós somos responsáveis pela nossa segurança. Quanto mais nos protegermos, mais depressa passará esta fase e poderemos voltar a ter uma vida mais parecida com aquilo que conhecíamos antes disso.




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Por Lucas Saraiva

Fechados em casa estamos.
Alguns com pessoas que amamos,
Mas outras estão distantes.
Nada é como dantes!

Os meus avós não posso ver,
Mas mesmo que me possa doer,
Não os visitarei
E os protegerei.

Já foi o meu aniversário,
Muito quieto e solitário.
Sem amigos, sem festa,
Os meus pais são tudo o que me resta.

Os meus dias são “normais”,
Trabalhos até demais.
Jogos para rever
E Netflix para ver.

Muitas pessoas reclamam.
“Tenho que sair de casa”, exclamam.
Eu estou bem,
Só à espera que estas aulas acabem.

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Por Leonor Travasso

Na verdade a quarentena está a ser uma experiência muito interessante. Na quarentena tive o tempo que precisava para mim e para me concentrar, aproveitei para estar mais tempo com a família, o que na verdade é bem interessante, eu até pensava que isso ia ser chato, mas não foi, porque eu tenho aprendido coisas que nem sabia que eram possíveis, coisas bem surpreendentes.
A quarentena permitiu dar-me um tempo para pensar o que eu quero , o que sinto com tudo o que se está a passar. Permitiu-me cuidar mais de mim mesma, o que foi bom. Também recomecei a tocar guitarra que era uma coisa que não fazia há muito tempo.
A meu ver também há muitos lados negativos, mas os piores é não poder sair de casa e estar constantemente com fome.



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Por Leonor Marques

Testemunho do momento em que se vive
Sei que o que estamos a viver não é a coisa mais comum de sempre, ou melhor, não era até começar a ser o nosso dia a dia e a nossa realidade.
Enquanto antes tínhamos preguiça de nos levantarmos porque tínhamos de ir apanhar o autocarro para ir para a escola e para isso tínhamos de nos vestir, comer, arranjarmo-nos e isso tudo tinha de ser feito a tempo das aulas, as quais achávamos super aborrecidas....pois bem, agora sentimos falta de tudo isso porque agora não acordamos entusiasmados, nem aborrecidos por ir para a escola. Como eu digo, acordamos monótonos porque basicamente todos os dias são iguais.
Eu, por exemplo, tenho a mesma rotina todos os dias. Levanto-me 15 minutos antes da aula (uns dias vestida “formalmente”, outros dias fico de pijama) e o único trajeto que faço é da cama para o computador, onde passo o dia inteiro a tentar realizar as muitas tarefas que nos mandam, chega a ser ainda mais trabalhoso e exaustivo que a própria escola, mas com motivação tudo se consegue .  
Nos dias de menos trabalho, dou uma caminhada com a minha mãe, mas sempre com as devidas precauções.                                         
Dizem que neste tempo vivemos através das janelas/varandas, mas a verdade é que já todos saímos de casa nem que fosse para ir deitar o lixo no contentor, ou fazer uma caminhada porque, verdade seja dita, ainda que seja agradável, estamos todos fartos de estar em casa.                      
Claro que mantemos contacto uns com os outros, senão dávamos em doidos, mas não é a mesma coisa. Não há contacto físico (abraços, beijos, apertos de mão, etc). Dizem que temos de manter um distanciamento social, mas eu penso que o nome está errado porque nós apenas nos afastamos fisicamente uns dos outros, descartando todas as formas de demonstração de afeto que eu referi há pouco para que não haja transmissão da doença. Deve haver distanciamento físico porque socialmente nós continuamos a comunicar, a trocar mensagens, a fazer chamadas, a jogar uns com os outros, ou seja, continuamos juntos, mas à distância.
Esta é uma daquelas situações que pensávamos que só apareciam nos filmes e nos livros de história. Pensávamos que seria algo que nunca nos iria afetar, pois bem, a verdade é que afetou toda a gente. Daqui a uns anos vai ser a nossa geração e o que aconteceu durante esta época que vai aparecer nos livros de história. Aposto que isto tudo vai ser tema de um filme de Hollywood com direito a Óscar.
Lembro-me quando isto tudo começou... Eu tive um pressentimento… quando alertaram que isto ia ser muito preocupante e muito sério e que íamos ter de ficar em casa… mas não pensei que chegássemos a este extremo. Já lá vão 2 meses... 
Quando o vírus apareceu, comecei a interessar-me pelo assunto e comecei a ver vídeos sobre o Vírus para entender o que se estava a passar. A verdade é que para além de ter aprendido sobre o vírus e o porquê de ser tão perigoso também li todas as teorias, algumas malucas, outras com sentido: “o vírus apareceu num mercado”; “o vírus foi criado em laboratório”; “foi a mãe natureza que quis dar uma lição ao mundo, tentando minimizar a poluição”; “foi ideia da Coreia do Norte para matar uma parte da população chinesa e acabou por se espalhar pelo mundo”;  enfim, cada uma mais criativa do que a outra. Sinceramente não sei o que se passou, mas adorava saber a versão verdadeira.
Então, este foi o meu testemunho da quarentena e para me despedir só quero dizer:
" VAMOS FICAR TODOS BEM E VAI TUDO VOLTAR AO NORMAL!"


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Por José Mendes

As experiências da minha quarentena
Esta quarentena fez-me perceber que eu tinha a felicidade que precisava e nem sempre dava valor às coisas mais simples… Queixava-me da escola, mas agora percebo que era a melhor coisa que tinha. Agora não existe convívio, muito menos com as pessoas que mais gosto (os meus amigos e familiares). A nossa liberdade está condicionada.
Estou ansioso para que tudo volte ao normal, longe destas confusões e das preocupações que todos vivemos.
Durante esta quarentena, várias foram as alterações no meu dia-a-dia, mas a mais evidente e aquela que alterou a minha rotina foram as aulas online/videoconferência. Existiu a necessidade de trocar o espaço físico da escola pela secretária do quarto. Foi também necessário reajustar rotinas não só no que diz respeito aos alunos mas também aos professores.     
A utilização do computador tem sido a ferramenta essencial para o meu estudo em casa a par com uma aprendizagem constante das novas tecnologias, principalmente na utilização do computador, na comunicação com os colegas e professores e ainda no envio dos trabalhos escritos.  
Vivo esta experiência com otimismo, pois acredito que a pandemia seja apenas uma fase. Ainda assim, estar em casa teve alguns fatores positivos, principalmente o facto de estar mais tempo com os meus pais, e poder partilhar com eles o meu dia.
Com a vivência desta pandemia, sair à rua é preocupante. Observo tal situação quando os meus pais têm de sair para poder trabalhar, é algo que me deixa preocupado. Com esta pandemia a utilização da máscara passou a ser obrigatória, sendo um utensílio desconfortável, pois não é fácil reconhecer as pessoas nem muito menos poder observar o sorriso delas, o que para mim é uma situação constrangedora, uma vez que sorrir faz parte da nossa comunicação e da nossa emoção.
Concluo que a pandemia tem lados bons e lados maus, com os quais adquirimos conhecimento. 


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Por João Batista

Quarentena
Com esta quarentena estamos todos a viver experiências diferentes, novas de vida. Eu já estou farto de estar em casa e não poder ir à rua, dar abraços, beijos e estar com os colegas e podermos jogar à bola.
Eu já queria ir para a escola.
A minha opinião é que todas as pessoas estão a cumprir com o que é pedido e os enfermeiros, a polícia e o governo estão a fazer tudo o que podem. Existem decisões muito difíceis que têm de tomar.
O que eles deviam ter feito foi fechar as fronteiras para não entrar ninguém e nem sair.  Esta é a minha opinião.
MAS VAMOS TODOS FICAR BEM!!

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Por João Vianna 

As minhas experiências da quarentena 
As minhas experiências da quarentena estão a ser maioritariamente boas. Eu passo a maior parte do tempo jogando no meu xbox e, ao mesmo tempo, ouvindo música, às vezes brinco com a minha irmã. Este tempo extra em casa também está a ser útil para ouvir alguns podcasts e assistir a séries. Nesta quarentena eu assisti a todos os episódios de Friends. Alguns momentos ruins são ter que fazer os trabalhos e sentir vontade de jogar futebol, por exemplo, e não poder sair de casa.



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Por Joana Silva

Nesta quarentena
Muitos trabalhos vou receber…
Mas vai valer a pena
Pois mais eu vou saber.

Cansada vou ficar,
Difícil vai ser.
Ajuda vou precisar,
Se assim a quiser!

Coronavírus não quero apanhar,
Em casa eu vou estar.
Bondoso ele é,
Mas perigoso também!

Ser obrigada a ficar em casa é secante,
Mesmo parecendo férias não são.
Mas para quê queixar-se? É insignificante,
Impossível existir exceção.

O corona veio ajudar,
A poluição ele quis diminuir.
Consequências apareceram,
E assim permaneceram.



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Por Guilherme Barata

Os tempos em que vivemos hoje.
Nos tempos em que vivemos hoje, há uma pandemia que está a trazer o mal e o bem ao mesmo tempo, pois apesar de nos seres humanos estarmos a ser atacados por um vírus horrível e muito mortífero, o nosso planeta, devido ao nosso confinamento, está a regenerar-se, porque ao termos limitação de movimentos produzimos menos poluição e, desta forma, o planeta e os restantes seres vivos não humanos estão a ser poupados e estão a poder regenerar-se. O lado mau é que milhares de pessoas morrem e são infetadas todos os dias 24 horas sobre 24 horas. É horrível termos que estar a passar por esta situação, mas também é pena ter sido necessária uma pandemia para que o planeta pudesse regenerar-se.


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Por Guilherme Fernandes

Poema da quarentena

Na quarentena eu estou,
Com o que o vírus conquistou.
Assustados todos estamos,
Mas o vírus empatamos.

Desta maneira vamos fazer,
Para o vírus desaparecer.
Se nós não o fizermos,
Nós não venceremos.

Os profissionais de saúde estão a ajudar.
Para nós o também fazermos,
Vamos ter de aguardar,
Em casa, só temos de esperar.


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Por Diogo Correia

A experiência que hoje vivemos não é muito comum e já foi vivenciada uma similar em 2009 com a Gripe A. Contudo, não existiram nenhumas restrições, como está a acontecer com o Covid-19. Embora traga efeitos negativos, como a morte de muitas pessoas e, muito provavelmente, uma crise económica, nem tudo é mau, o mundo nunca esteve tão limpo.
Também acho que esta experiência nos pôs todos à prova. Gostei extremamente do tempo de reação do governo, a tomar medidas, só que acho que se as tivessem tomado mais cedo não haveria tantos óbitos.
Na escola mudou tudo. Em vez de estarmos todos juntos em sala de aula, estamos todos juntos no computador nas diversas plataformas. Também em vez de vermos os nossos professores, desta vez só os vemos na televisão.
Eu, nesta quarentena, não tive grandes experiências. Ao início fiquei um pouco confuso com tudo o que estava a acontecer, mas depois fui-me habituando a tudo: aulas, quarentena e muito mais. Espere que isto passe depressa para puder conversar com os meus amigos presencialmente.
O coronavírus parou o mundo, mas com as devidas precauções, isto vai acabar mais depressa do que pensamos. E, se todos cumprirmos o que as autoridades, o governo e todos os profissionais de saúde dizem, vai ficar tudo bem.

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Por César Pereira

Quarentena  be like  

A quarenta  aborrecida e chata 
Que quase  me mata. 
Para alguns engordar,  
Para outros exercitar.  


Fantástica  para pensar. 
Ah, não!! Esqueci-me dos trabalhos que tenho que enviar !! 
Agora tenho que me despachar, 
Porque se não o stor  vou ouvir ralhar !

Quarentena maldita acabou com tudo. 
Mas o melhor é que posso ouvir música até ficar mudo. 
Bem, assim é a minha quarentena… 
Tanto tempo livre que até da minha amiga imaginária tenho pena. 
Quarentena be like


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Por Beatriz Quintela

Hoje vou falar sobre a minha quarentena.
A minha quarentena tem sido normal, um bocado chata sem poder ver os meus amigos e estar com eles.  O que temos de fazer se queremos que tudo depois volte ao normal é cumprir as regras de segurança e higiene.César 
Esta quarentena tem estado tão chata que já tentei cortar o cabelo sozinha. Correu melhor do que esperava. 
Pelo lado positivo, esta quarentena tem dado para eu ensaiar algumas coreografias e fazer umas novas e descobri que gosto de dança mais do que imaginava. Talvez tenha futuro nela, quem sabe …


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Por Ana Paradela

A minha Quarentena:

Quando tudo isto começou, estava desconfortável.
Ninguém sabia o que ia acontecer.
Mas com o passar do tempo,
Todos fomos aprendendo, diariamente, o que fazer.
Durante este tempo, estudei e descobri novas coisas.
Assistindo a documentários e fazendo caminhadas pelos campos.
Espero que isto passe para todos poderemos socializar de novo, como antes.

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Por Beatriz Santos


Neste tempo diferente,
com o computador na frente
temos de continuar a estudar.

Por nos encontramos
e virtualmente nos abraçamos.
Ao parque não podemos ir
mas em casa podemo-nos divertir.

Agora são tempos diferentes, 
mas temos de nos adaptar
e com todas as regras concordar.

Falta pouco para livremente correr
e de novo os amigos encontrar.
Até lá só nos resta esperar.

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Por Maria Luísa Morais

Quarentena em Portugal
Quarentena é a reclusão de indivíduos ou animais saudáveis pelo período máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato com um caso clínico ou portador, ou da data em que esse indivíduo saudável abandonou o local em que se encontrava a fonte de infeção.
Devido à pandemia mundial «Covid19» temos que permanecer em quarentena por segurança publica e pessoal. 
Em Portugal, o Covid19 começou a espalhar-se em março de 2020, e um tempo depois foi declarado o estado de emergência, ou seja, as pessoas só podiam sair de casa em casos de emergência.
Atualmente, estamos em estado de calamidade, já podemos sair de casa, com as devidas proteções, e começar a fazer a nossa “rotina normal”, mas mesmo assim as escolas até ao 9º ano estão fechadas e os grandes centros comerciais e shoppings ainda não abriram.

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Por Maria Francisca Morgado

Há 100 anos atrás pessoas estavam a passar por isto, agora somos nós. Nunca pensei passar por uma coisa destas, mas isto tudo vai passar.
Estamos de quarentena, mas estamos de quarentena para a nossa saúde e a dos outros. Isto não é nada fácil, mas tem que ser! Eu já estou farta de estar em casa, mas não sou só eu, todos nós estamos fartos. Nós estamos fartos e os enfermeiros(as) estão fartos de trabalhar, mas é o trabalho deles.
Podemos sair à rua, dar uma volta, passear o cão, etc… mas temos que levar sempre uma máscara para a nossa segurança e a dos outros. 
Temos que ser fortes e no fim vamos vencer! 

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Por Laura Milhano

Quarentena
Devido ao Covid-19 grande parte da população está em isolamento nas suas casas. Isto tudo é um pouco chato, mas é a única maneira de conseguirmos controlar minimamente esta situação. 
Eu acho que o isolamento é muito bom para combater o vírus, mas também devido a esta situação muitas pessoas vão ficar desempregadas e muitos negócios vão falir à custa disto tudo.  
Considero que isto entretanto vai abrandar, mas só vai mesmo parar quando descobrirem uma vacina.


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Por Guilherme Ramos

Nesta quarentena

Nesta quarentena
Levanto-me às nove da manhã. 
Tenho aulas todos os dias, 
Só falta ter aulas aos fins de semana. 

Estou a ter uma experiência 
De como é viver em casa. 
Estou a ter uma vida definida,
Só saio para ir buscar água.

Estou farto de estar em casa.
Quero ir mas é para a rua.
O tempo não passa, parece que atrasa.
Ao pé da minha casa, está uma grande grua.



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Por Guilherme Saraiva

Os meus dias na quarentena, na minha opinião, têm sido muito aborrecidos.
Temos as aulas de manhã, vê-se a telescola à tarde, fazem- se os trabalhos e depois não há muita coisa para se fazer, ao contrário de quando estávamos na escola que tínhamos mais aulas e podíamos estar com os amigos durante o intervalo. 


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Por Dinis Cruz

O COVID-19 chegou
E chegou sem avisar.
Vou ficar em casa
Para o COVID não me apanhar.

Não gosto de ficar em casa,
É muito aborrecido.
Gosto mais de passear.
É muito mais divertido.

Além dos TPC,
Não há diversão.
 Até depois de almoço
Tenho escola pela televisão.

Já tenho saudades dos meus amigos
E de jogar à bola com eles no pavilhão.
Enquanto o vírus não passar,
Só os vejo pela aplicação.


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Por Carlos Saraiva

Apareceu um vírus do nada que afetou metade do mundo, o que obrigou a Governo a tomar medidas drásticas, nomeadamente fechar tudo (lojas, escolas, supermercados, etc…).
Com tudo isto, os cidadãos são obrigados a ficarem em casa sem poderem sair.
Neste momento, já estamos a poder sair de casa mas sempre com máscara.
A partir de hoje, a nossa vida vai ser muito diferente.
Espero que todos se encontrem bem!!!

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Por Beatriz Mangana Duarte

Nestes tempos de pandemia
não temos muita alegria.
Um tempo que fica na memória
e para toda a história.

Em casa temos de ficar
para o vírus não apanhar.
Longe da família e amigos
e também dos perigos.

Lavar as mãos frequentemente,
também pacientemente.
Na cara máscara usar
e a etiqueta respiratória respeitar.

Nesta quarentena vamos aguardar,
para tudo melhorar.
Sem abraços,
damos grandes passos! 

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Por Beatriz Saraiva

A Quarentena

De casa não posso sair.                
Não posso passear,                                      
Tenho de ficar em casa                                
Até isto passar !                                             

Não posso abraçar,
Nem posso beijar,
Mas talvez por videochamada
Os meus amigos possa acarinhar.

Todos vamos ficar bem.
Se lavarmos bem as mãos.
E só separados,
Vamos ficar sãos!

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Por Ana Fonseca

A minha vida atual

Aqui eu estou,
A escrever este poema 
Que é um grande dilema.

Por causa da quarentena
Já não vou ficar morena.
Mais de dois meses fechada em casa 
Já ninguém aguenta a brasa.

Todos os dias são uma loucura.
Tenho aulas pelo computador,
Que é uma grande aventura.

Nesta quarentena, 
Já fiz tudo o que tinha a fazer. 
Se não terminar brevemente,
Eu vou perder o juízo completamente.

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Por Adriana Marques

O nosso isolamento
Em dezembo de 2019, na província de Wuhan, foi encontrado um novo coronavírus. Face ao desconhecimento sobre este e ao facto de não se terem tomado medidas com rapidez, originou uma pandemia, o que por sua vez nos obrigou a tomar medidas extremas, tal como o nosso isolamento social. 
Como tudo, o nosso isolamento traz vantagens e desvantagens.
A principal vantagem é a contenção da propagação do vírus. Ao estarmos em casa contactamos apenas com a nossa família e pouco mais, permitindo assim evitar a nossa infeção e a dos outros.     
Apesar da importante vantagem do isolamento social, este também traz alguns aspetos negativos, como o ensino à distância, sendo esta uma nova forma de aprendizagem a que não estamos acostumados que, conjuntamente com o facto de não termos o professor de forma presencial, vem a dificultar na nossa compreensão da matéria.
Para além disso, esta medida tem um grande impacto a nível económico e social que poderá levar ao desemprego e à insustentabilidade das empresas, bem como a uma incapacidade dos hospitais responderem a outros problemas de saúde.
Com efeito, nós não gostamos do isolamento social, pelo facto de não podermos estar com os nossos amigos, mas temos que fazer um esforço, pois esta medida é fundamental para diminuir o impacto desta pandemia.



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Por Rui Lopes


Querido diário,
Venho  falar-te da minha quarentena.
Não tenho gostado da experiência, pois não podemos sair de casa, não podemos ir ter com um amigo a casa dele, não Podemos, basicamente, fazer nada. Quanta a aulas, não é muito produtivo, temos aulas de meia hora que não dá para nada. Basicamente estou a querer dizer que preferia estar na escola do que em casa.
Gostaria que nada disto acontecesse, mas espero que esta quarentena não dure muito, pois já há muitas pessoas que gostariam de sair à rua.
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Por Pedro Durão


12/5/2020

Meu querido diário,
Esta quarentena está a ser uma boa lição de vida. Ver uma mudança tão grande e tão repentina fez-me perceber como é perdermos tudo durante um tempo, de um momento para o outro. É difícil estar longe das pessoas que amamos e que nos fazem felizes, mas, por outro lado, afastei-me do meu pesadelo que tem por nome: escola.
Fazem-me falta os meus amigos, a minha namorada, a minha família, as pessoas que mais gosto, as saídas ao shopping para ir ver um filme ou para ir as compras ou até mesmo para ir jantar fora.
Esta quarenta está a servir para tratar mais do meu corpo e da minha saúde, preparando-me, assim, para a próxima época que vai ser bastante dolorosa como sempre é.



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Por Rui Carilho


No início deste ano, todos pensámos que tudo seria normal. Mas de certeza que não estávamos à espera de ficar fechados em casa uma boa parte do ano. Eu pelo menos não estava, estava mais à espera de ter um ano mais ou menos normal: ir para a escola, ter aulas normais, fazer os exames nacionais, sair com os meus amigos. No entanto, ficámos mais de um mês fechados em casa, proibidos da maioria das nossas liberdades, e já não vamos voltar à escola.
Quando este vírus apareceu, eu fiquei muito preocupado. Preocupado com as notícias, com o que era, com tudo o que o envolvia. Fiquei muito assustado, e se calhar a culpa de ter ficado nesse estado foi o número excessivo de séries e filmes que vi sobre novas doenças que aparecem de repente, e que são extramente mortíferas. Mas, agora, já tenho menos medo de apanhar o vírus. Tenho é mais medo para os meus familiares, porque muitos são idosos, e estão no grupo de risco. Para além disso, eles também estão fartos de estar em casa e não entendem porque não podem sair. Eu e a minha família tentamos explicar-lhes porque têm de ficar em casa e porque não podem sair, mas eles são de gerações diferentes. Talvez eles pensam: “Já passei por tanta coisa e ainda estou aqui, porque é que agora preciso de ficar em casa só por causa de um vírus?”, o que é compreensível.
Houve também uma coisa que achei bastante confuso, que foi o debate sobre as máscaras, e que ainda dura. Primeiro não era preciso, depois era preciso apenas para os profissionais de saúde, e agora é preciso para todos. A minha opinião é que, inicialmente, disseram que as máscaras não eram precisas, porque não havia máscaras suficientes. É óbvio que não iam dizer que era preciso ter uma coisa que não havia à venda, e é impossível isto ser uma coincidência.
Durante esta quarentena, reparei que muitas pessoas começaram a fazer coisas que não faziam antes, e reparei que isso também se aplicou a mim. Comecei a ler mais, a pintar, a fazer coisas que achei que nunca faria, ou porque não tinha tempo suficiente, ou porque sempre achei que não gostava. Mas agora, por causa das aulas e das tarefas, já não tenho tanto tempo para fazer essas atividades (como se tudo estivesse normal).
Atualmente, parece-me que já estamos a controlar a situação, e parece que estamos a ter um regresso à normalidade, se bem que é lento e progressivo, e isso dá-me um pouco de esperança.
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Por Rodrigo Sequeira


A minha experiência com a quarentena até agora não tem sido muito difícil.
Nos últimos dois meses eu, como sou estudante, não tenho saído muito de casa, pois sei que o meu dever agora é focar-me na escola. Nada de muito grave aconteceu na minha família, mas aconteceram alguns imprevistos em casa como por exemplo queda de eletricidade e falhas no sinal da televisão, mas, na minha opinião, desde que seja só isso estamos muito bem. A minha saúde física e mental deterioraram um pouco mas era de se esperar.
Em resumo, a minha quarentena não tem sido severa como em alguns lugares no mundo e acredito que estou bem e que, se continuar como estou, vou acabar bem.
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Por Rafael Oliveira


5 de maio de 2020

Diário da quarentena:
Hoje já faz praticamente 2 meses que estou em casa. Já estou farto, mas tem que ser para me proteger. Gostava que houvesse escola para estar mais com os meus amigos, agora só falamos por mensagem e, às vezes, fazemos videochamada. Não gosto muito das aulas pela internet, porque temos muito pouco tempo, mas pelo menos já ajuda e é o que interessa.
Já fiz muitas coisas desde que estou em casa: já fiz muitos dos trabalhos que os professores mandaram; faço caminhadas com as devidas proteções, coisa que não fazia; a minha mãe fechou o quiosque dela e, às vezes, vou com ela para a ajudar a preparar as coisas para quando reabrir.
Esta quarentena por um lado está a ser boa mas espero que isto tudo se resolva e rápido.

Até amanhã, diário!

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Por Margarida Pardal


Segunda-feira,  11/05/2020

Querido diário:  
Já não escrevo desde que começou o confinamento. Como sabes, tenho andado bastante ocupada, por isso, acabo por me esquecer que me faz bem escrever, e nunca mais me lembro de te ir buscar para escrever. Mas arranjei um tempinho livre para falar um pouco sobre a situação de agora, que acho que já deves saber qual é, mas... para o caso de não saberes, eu posso falar um pouco sobre isso. A situação chama-se COVID-19, começada na China, mas que se espalhou por todo o mundo! Felizmente, Portugal não é dos piores países, mas sinto-me mal, porque outros países, lindos, espetaculares, acabaram por ser dos países mais afetados por esta pandemia. Mas acho que não estamos aqui para falar sobre o COVID-19 ou como é mais conhecido, Coronavírus. Mas bem, eu acho que não me expliquei bem, eu quero falar sobre o COVID-19, mas não sobre a situação na minha cidade, país ou pelo mundo. Eu quero falar ou, neste caso, o termo adequado é escrever. Vou escrever sobre como eu e a minha família estamos a lidar com esta situação, nova para todos nós. E o que fazemos para nos protegermos, e tentar ficar em casa o máximo possível.
Não quero fazer esta página de diário muito maior, até porque depois começa-me a doer a mão, e não queremos isso, não é?
Mas vamos lá começar... ambos os meus pais, trabalham em fábricas diferentes, mas a quantidade de pessoas é quase igual, e com quantidade quero dizer mais de 500 pessoas em cada fábrica. Ou seja, imensa gente num sítio não é um dos conselhos da DGS (direção geral de saúde), por isso a empresa deles entrou em Lay-off, uns dias está cá a minha mãe e, nos outros, o meu pai.
É estranho ter os dois em casa, porque não era uma coisa que eu e a minha irmã estávamos habituadas. Mas uma pessoa acaba por se habituar. Mas o que é que eu estou a fazer para me proteger? Bem, lavo as mãos pelo menos 20 segundos, quando acordo, depois de ir à casa de banho, antes das refeições, quando vou cozinhar, antes de pôr a mesa, se saio de casa quando chego vou lavar as mãos. Todos usamos máscara. A minha casa agora está cheia de máscaras por todo o lado, a minha mãe começou a fazer e digamos que se deu bem. Agora a máscara faz parte do outfit das pessoas que saem de casa quase todos os dias. Então por que não se fazerem máscaras estampadas que fiquem giras e fofas?
A minha rotina agora tornou-se bastante diferente. Apenas saio, às vezes, para ir buscar o almoço a casa da minha avó, já que ela o faz, e eu e a minha irmã comemos em nossa casa, saio para ir despejar coisas ao lixo, saio para fazer uma caminhada pela freguesia. E ajudo a minha mãe nas compras ou a comprar coisas essenciais para as máscaras, como elástico, tecido de algodão, TNT (tecido-não-tecido).   
A minha rotina deu uma volta de 350 graus, mas acho que já me estou a habituar a este novo “modo de vida”.
A minha mãe está a chamar-me para a ir ajudar. Gostei de falar contigo. Quando puder volto e escrevo sobre a situação mundial e do país. Apesar de ter sido pouco, adorei contar-te sobre o que estava a acontecer e como é que eu estava a lidar com a situação.                                                           


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Por Leonor Cabral
Quarentena


Nunca pensei viver durante um momento de pandemia. Todos pensámos que 2020 seria o melhor ano e nada de bom até agora aconteceu.
Tinha tantas coisas para fazer este ano: exames, viagens, despedir-me desta escola e nenhum deles se vai realizar como devia de ser. Resumindo, foi o pior último ano de sempre. Tudo mudou e cada coisa que fazemos agora é um desafio. Ter aulas em casa é um desafio, ir ao supermercado é um desafio, sair à rua é um desafio e acho que por o ser é que todos vamos ganhar mais maturidade e aprender a dar valor à nossa antiga rotina que agora é uma confusão.
Entretanto, estou em casa há já mês e meio, não estou farta de todo, mas, sim, tenho saudades do que fazia antes disto. Não estou com ninguém para além da minha família. Se estiver com os meus amigos, já nem os conheço e para não dar em maluca tenho tentado inovar nas minhas atividades, porque até aquilo que antes queria mais fazer já me fartei um pouco. E se pensarmos, antes o que mais queríamos fazer era ficar em casa, dávamos tudo por isso e agora o que queremos é sair disto tudo.
Mas não devemos desistir agora, porque já está quase (esperemos).

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Por João Fernandes

Quarta-feira, 13/5/2020

Meu amigo diário:
O meu quotidiano mudou de um dia para o outro. Trocámos a sala de aula por um computador, não vemos os professores e colegas, só os ouvimos. É muito estranha esta mudança. Passar 24h sobre 24h dentro de casa é chato e aborrecido. Raramente saio à rua, ocupo o tempo com as tarefas dadas pelos professores e no computador a ouvir música. Agora já não existem os intervalos, onde me divertia com os meus colegas. Agora tentamos substituí-los com chamadas, mas não é a mesma coisa, não interagimos de igual maneira, já não há as nossas brincadeiras de grupo.
Não vou mentir, já sinto falta dos professores, do acordar cedo e abrir os cadernos e livros, falta também dos raspanetes dos professores. Posso mesmo dizer que sinto falta da escola.

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Por Joana Magalhães


7/05/2020

Querido diário,
Hoje, como em todos os dias de semana, tive aulas de manhã. Estava agora a aproveitar para adiantar os trabalhos que tenho para entregar, mas como estou nisto desde de manhã, decidi fazer uma pausa e escrever-te um pouco do que tem sido esta quarentena.
Preferia mil vezes estar na escola, mesmo que isso implicasse ter exames.
Se isto da quarentena fossem férias, não me importava nada de estar em casa, mas, infelizmente, não é.
Passámos nove anos naquela escola, nove anos com as mesmas pessoas e logo no nosso último ano, que deveria ser aproveitado ainda mais que os outros, aparece uma pandemia que nos estraga todos os planos criados para 2020.
O secundário não me assusta, simplesmente deixa-me um pouco insegura. Novas pessoas, nova escola, novos caminhos e objetivos. É tudo novo, até eu!
Bom, já fiz uma pausa bastante grande. É hora de voltar ao trabalho.
Volto mais tarde com mais notícias. Espero da próxima vez que te escrever, trazer a notícia de que estive com os meus amigos.

Até depois.
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Por Dinis Costa
Quarentena

No ano de 2020, nós, os alunos de São Domingos e grande parte do planeta, fomos submetidos a um período de quarentena, inicialmente de 15 dias, mas devido ao agravamento da situação já há dois meses que estamos em casa.
Pessoalmente, eu que nunca fui uma pessoa de sair muito de casa, pelo que não está a ser algo assim tão grave e doloroso, mas, de certa forma, afeta-me. Na minha opinião, a quarentena é necessária, mas o facto de não conviver com as pessoas com as quais estava habituado a falar diariamente e cara a cara acaba por fazer os meus dias mais “tristes e simples”.
Hoje em dia, posso afirmar que tenho uma rotina que acaba por se tornar o meu “dia a dia”
Acordar às 8:30 / 9:00 h, estar pronto para as aulas de Segunda, quarta e sexta. Nos restantes dias, acordar à mesma hora e começar a fazer trabalhos. Às 9:30 ou 11:30 acabam as aulas e costumo ligar a alguns colegas que me ajudam a esclarecer dúvidas e me ajudam a fazer os trabalhos, porque sozinho tenho a certeza que não conseguiria acabar todos a tempo.
Embora estas não sejam as melhores condições para ficar em casa, só espero que este vírus passe e que possamos voltar a ver todos os nossos conhecidos, amigos e familiares cheios de saúde e alegria. Tal como antes.

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Por Daniel Segurão
Quarentena
É verdade que nos dias de hoje, os tempos não estão fáceis, porque o problema que o mundo enfrenta é muito grave. 
Desde já digo que, para mim, a quarentena tem vantagens e desvantagens. Digamos que posso estar em casa a descansar, posso acordar e deitar-me a certas horas. A parte má é que não sou só eu, mas todos estamos privados de estar com as pessoas que mais gostamos, mas o certo é que com esta quarentena todos aprendam a dar mais valor à vida, como ela é e não como deve ser. E temos de ter todos esperança de que isto tudo vai passar em breve.
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Por Clara Gamito
A minha quarentena
No início desta quarentena, nas duas primeiras semanas, andava um pouco confusa, não sabia o que fazer. Não se podia sair com os amigos nem com a família, tentava entreter-me com o que podia, vendo séries, filmes no telefone ou no PC. 
Depois, comecei a ter coisinhas para fazer, como os trabalhos que os professores nos enviavam e muito mais coisas que a nossa imaginação nos leva a fazer. 
Quando a escola em casa começou, tive de recomeçar a deitar-me cedo e a acordar cedo, como antes, quando tínhamos de acordar para ir apanhar o autocarro.


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Por Francisco Korotchenko


22 de maio de 2010

Querido diário,
hoje vou falar-te sobre a minha quarentena. Bom, a minha quarentena está a ser mais ou menos boa, porque se por um lado tenho saudades da escola para ver os meus amigos, por outro apetece-me ficar em casa e não ir à escola.
Eu percebo que nós estamos numa situação muito complicada e não é bom para nós, mas nós esperamos que tudo isto passe rápido, o mais possível, contudo, ainda assim, estamos bem, isso é o que importa.
Nestes dias, temos de estudar, que seca, nao me apetece nada estudar, mas tem que ser porque temos que ter boas notas.
Está tudo bem, tudo em ordem, isso é o que importa!
Bom, não tenho nada mais que dizer!
Até amanhã!
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Por Ariadna Sousa

16 de maio de 2020
Querido diário,

Hoje, foi mais um dia da quarentena. É impressão minha ou foi completamente igual aos outros dias todos? Existem imensas coisas para fazer em casa! Então, porque é que eu faço sempre as mesmas coisas? Tal como nos outros dias, acordei tarde, vi televisão, estive nas redes sociais e fiz alguns trabalhos da escola.
Algumas pessoas dizem que não há nada para fazer em casa! Não haverá mesmo nada para fazer? Talvez eu devesse aproveitar este tempo para fazer coisas que já tinha vontade de fazer, mas não tive oportunidade. Uma coisa que não falta são desculpas! Desculpas para não fazermos aquilo que não temos vontade de fazer, mas pensamos que temos! Mas se temos realmente vontade de fazer, porque não fazemos?
Uma coisa que aprendi com este texto que escrevi foi que, mesmo que nos falte um lápis para terminar um desenho, não nos vai impedir de acabá-lo, pois poderemos usar uma cor repetida e não significa que o desenho vá ficar feio.
O que eu quero dizer é que nada nos impede de realizar o que já podíamos ter feito na quarentena, só as desculpas esfarrapadas e a preguiça.
Amanhã, quando escrever a próxima página já não direi que foi um dia igual aos outros, direi que fiz uma coisa diferente, mesmo que essa coisa seja pequena e a seguir a essa outras virão…

Até amanhã!

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Por Ricardo Vicente


A minha quarentena, ao contrário de muita gente, está a ser boa. Estou a conseguir passá-la muito bem porque gosto de estar em casa, apesar de ter saudades de sair e de jogar futebol.

Os meus dias têm sido sempre iguais, levanto-me de manhã, tomo o pequeno-almoço, trato da minha higiene, assisto às aulas de manhã e, depois das aulas, procuro algo para me entreter até ao almoço. Depois de almoço, fico um bocado no telemóvel e a seguir faço os trabalhos da escola. Mais, ao fim do dia, a minha mãe chega a casa do trabalho e eu ajudo-a nas tarefas da casa e no que ela precisa.
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Por Guilherme Fonseca


A quarentena é um momento muito difícil para todos nós, não podemos sair de casa para ver os nossos amigos nem os nossos avós.
Por um lado, até é bom, porque podemos estar mais tempo com os nossos pais e também descansar mais um pouco. Como não podemos sair de casa para ir à escola, recebemos trabalhos pela internet.
O momento que estamos todos a viver é de muito risco e devemos todos respeitar as regras e ter o maior cuidado possível, se formos às compras devemos usar máscara e luvas, desinfetar sempre bem as mãos … para que fiquemos todos bem e para que os nossos heróis, os médicos, possam curar todos e sairmos daqui ilesos. 
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Por Francisco Sousa

Quarentena
Nestes dias de quarentena,
Não sair de casa é essencial!
Passar os dias a ver o mundo pela janela,
Até que tudo volte a ficar igual.

Vemos os dados recentes na televisão
E vamos criando uma esperança.
De que tudo volte ao normal,
Para que a quarentena seja só uma lembrança!

Toda a gente nos pede,
Para termos cuidado.
Manter a distância,
E usar a máscara em todo o lado!

Por fim,
Acho que isto tudo vai acabar por terminar,
Vamos ficar todos bem!
E à nossa vida voltar.

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Por Diana Pereira

16 de maio de 2020

Querido diário,
A situação de Portugal, em relação ao Corona Vírus, no início, preocupou-me, mas devido ao planeamento do governo conseguiu-se controlar tudo e ainda bem. Mas há outros países que estão muito mal, como os Estados Unidos e o Brasil, pois os presidentes não levam este assunto a sério, o melhor exemplo é o Bolsonaro, presidente do Brasil, que considera este vírus “uma gripezinha", mas essa “gripezinha" está a matar milhares de pessoas todos os dias no país que governa e ele, pura e simplesmente, não faz nada. Eu tenho muito medo que pessoas com este nível de inteligência governem um país.
Bem eu tenho de ir, tchau!...

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Por João Madeira

Diário de Quarentena

11 de maio de 2020

Segunda-feira, início da semana.
Levanto-me e já são 9h15…. Estou atrasado! Salto da cama e corro a procurar a minha mãe. Já não está em casa... estou a faltar à aula de português. Não encontro a minha mãe, mas encontro a minha avó que me acalma e me diz que a minha mãe foi trabalhar e que não posso ir à escola. É essa a expressão certa: “Não posso ir à escola” porque soltaram um vírus pelo mundo que nos confinou às quatro paredes da nossa casa; que nos proibiu de abraçar e beijar quem nós mais amamos; que nos interditou as saídas aos shoppings, aos restaurantes, aos cafés, às casas dos nossos amigos e até dos nossos familiares; um vírus que nos fez duvidar dos outros e nos incutiu o medo de nos aproximarmos…
Não sei até onde isto nos irá levar, mas tenho a certeza que vai mudar a humanidade. Foi o vírus que nos mostrou o que é a solidariedade de verdade porque não se trata só de nos protegermos a nós próprios, mas, sobretudo, de proteger os outros. E, quando falo dos outros, refiro-me a duas pessoas que adoro: os meus avós! Sim, porque mais do que nos contaminar, este vírus leva-nos as pessoas mais idosas, as mais vulneráveis a nível de saúde. Dificilmente, vou esquecer ver a minha mãe chegar a casa e não nos deixar abraçar porque tem de correr para o WC tomar banho… Só depois vem o abraço, o beijo e o saber “como correu o teu dia, filho?”.
A minha mãe não é uma profissional de saúde, mas trabalha na ação social da autarquia e, todos os dias, apoia os idosos isolados ou com dificuldades de mobilidade e faz as compras deles, vai à farmácia e, de longe, leva até eles um sorriso e um pouco de companhia.
Tempos difíceis que espero que passem depressa. Nunca pensei dizer isto, mas já tenho saudades da escola e dos professores. Devo estar doente!
Vou tomar o pequeno almoço.

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Por Manuel Eduardo Silva


Um mundo em isolamento social
Neste texto vou falar acerca de um dos temas mais importantes da atualidade, o isolamento social. Vantagens, desvantagens e o que estará por vir.
Atualmente o mundo enfrenta uma das maiores pandemias dos tempos modernos, o Covid-19, provocada pelo novo Coronavírus (SARS-COV-2, Síndrome Respiratória Aguda Grave-Coronavírus 2).
Este tipo de vírus não é novidade entre virologistas, porém a estirpe, com que lidamos no presente, ataca o hospedeiro de forma particularmente agressiva, podendo, em casos mais graves, como em doentes crónicos, levar à morte.
Conhecido por dar sintomas como tosse seca compulsiva, dificuldade em respirar e garganta irritada, o Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, conta, neste momento, com cerca de 274 mil infetados em mais de 124 países, entre os quais se encontra Portugal que, até ao momento, conta com cerca de 28 mil infetados e 1200 mortes a lamentar.
Com a chegada do Coronavírus a Portugal, o país foi obrigado a tomar medidas de prevenção, de modo a evitar um cenário de tragédia como o que foi vivido em Itália, sendo o país europeu com mais mortes e casos confirmados, tendo mesmo superado o país de origem do vírus, a China.
Foi no dia 13 março deste ano que Portugal declarou o encerramento das escolas e a colocação obrigatória de doentes de risco em teletrabalho, salvo algumas exceções. Muitas perguntas foram levantadas na altura, trabalhadores temeram pelos seus salários, outros pelos seus empregos, pela segurança das suas famílias. Quem tomaria conta das crianças, visto que muitos pais teriam de continuar a trabalhar? Perguntas essas que vieram a ser respondidas pelo Primeiro Ministro, António Costa, e pela Ministra da Saúde, Marta Temido.
Começou assim um período de isolamento social. Problemas internos foram surgindo, como uma possível reabertura das escolas, no início do 3º período. Período esse que era, na altura, apontado como um possível pico da epidemia no nosso país. O pico foi atingido cerca de 3 semanas antes do previsto. Após o pico, não era previsível uma descida no nível de contágio nem dos cuidados a adotar.
O 3º período acabou por não contar com aulas presenciais, ficaram assim milhares de estudantes em regime de aulas online ou outra alternativa à distância.
Para mim, a quarentena tem-me permitido, conhecer-me melhor. Estando eu em regime de aulas online, com apenas uma ou duas sessões síncronas por dia, com um horário bastante flexível, permite-me organizar o meu tempo de acordo com as tarefas que tenho, dando-me a possibilidade de descobrir em que fase sou mais produtivo, fazendo render o meu tempo, esforço e energias.
Os especialistas afirmam que sair à rua ocasionalmente, durante este período de isolamento, é aconselhável, desde que se tomem as devidas medidas de proteção, pois tem um efeito de relaxamento nas pessoas, aliviando o stress contante vivido durante este período. Eu, pessoalmente, tenho saído todos os dias, ao final da tarde, para praticar exercício físico, seja uma corrida pelo quarteirão seja jogar um pouco de basquetebol.
Para muitas estudantes é complicado concentrarem-se no estudo, no local que o cérebro associa ao descanso, como o quarto, porém, no meu caso, acho que, estando no meu quarto me sinto mais concentrado, visto que é o ambiente a que estou acostumado, podendo, assim, ser mais produtivo, ao longo do meu dia, realizando as tarefas com mais sucesso.
O relacionamento com pais e irmão é também um dos desafios deste isolamento. Como estamos tanto tempo em casa, acabamos por tomar mais atenção aos defeitos das pessoas que nos rodeiam, o que acaba por aumentar, ainda mais, os nossos níveis de stress.


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Por Manuel  Martins Silva

Pandemia
A pandemia, que alguns chamam de COVID 19, outros coronavírus e outros, simplesmente, o vírus, veio ao mundo para nos virar de cabeça para baixo. As nossas vidas foram profundamente afetadas e fomos obrigados a adotar novos hábitos no nosso dia a dia.
Os trabalhadores ficaram em casa e, consequentemente, os seus rendimentos baixaram, os turistas deixaram de o ser, os professores e alunos adaptaram a sua casa para que ela se parecesse com uma sala de aula, as empresas reinventaram-se, os cientistas uniram-se, as crianças deixaram as brincadeiras de rua, os velhos ficaram ainda mais sozinhos. O pior é que o nosso porto de abrigo, a nossa casa, tornou-se uma verdadeira prisão.
Mas, como em todas as situações, o homem consegue sempre superar-se. Para além da dor das mortes, podemos pensar no novo amanhecer para as pessoas recuperadas, podemos pensar em viver com menos, podemos valorizar as coisas simples da vida, como a flor do meu jardim ou o meu cão que está sempre comigo. Podemos ainda pensar que novas formas de trabalho e novas formas de ensinar e aprender surgiram para ficar e rentabilizar o esforço de todos. A família é agora mais unida do que nunca, os amigos, apesar de virtuais, continuam connosco, os velhos são acarinhados por outras mãos e a solidariedade move montanhas e dá soluções.
As adversidades trazem-nos sofrimento e dor, mas fazem-nos crescer como seres humanos, fazem parar o nosso pensamento e refletir naquilo que realmente vale a pena: o amor, a amizade e a liberdade ou a falta dela!

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Por Beatriz Amaro

15 de maio de 2020


Querido Diário,
                                                                       
Há dias tão, mas tão inúteis … e o de hoje foi um exemplo desses dias.
Acordei, por volta das 8 horas e, como é habitual, fui alimentar e passear o cão, depois alimentei-me a mim e, por fim, sentei-me, mais uma vez, à minha secretária, onde passo metade dos meus dias, ultimamente.
Assisti, então, à primeira e única aula do dia. Não estive concentrada, admito! A minha cabeça não conseguia parar de pensar, quando é que poderia voltar a ouvir todas aquelas vozes em pessoa, novamente. Tudo isto contradiz o que escrevi neste diário, anteriormente, onde dizia que não suportava mais os professores, mas, a verdade é que, neste momento, até deles sinto falta.
Saudades era uma palavra oca para mim até este momento, raramente as sentia, nem sabia o verdadeiro significado, mas, neste momento, sou mais saudades do que Beatriz. Sinto saudades daqueles que via todos os dias, saudades de correr na rua, saudades de ir jantar fora, saudades da minha liberdade, aquela que nunca valorizei até me ter sido tirada. Sinto saudades de mim, de quem eu era quando estava com os meus amigos, porque agora sem eles pouco sobra.
Continuando… Depois da aula, estive a fazer uns trabalhos (como sempre, na véspera da entrega, mas já sabes o que a casa gasta!), a seguir pus a mesa e brinquei um pouco com o cão, enquanto a minha mãe fazia o almoço.
A hora das refeições é a hora do teatro, a hora em que todos fingimos que a nossa vida está bem e que esquecemos que o mundo está a cair à nossa volta e que aquele momento é dos poucos que nos resta. 
Acabei de almoçar e regressei aos trabalhos. Na verdade, passei metade do tempo a vaguear pelas redes sociais, para ver o que se passava lá fora, a tentar ser normal no meio de toda esta anormalidade.
Por volta das 16 horas, dei o computador ao meu irmão, porque é o único que temos em boas condições e ele também precisa dele. Assim, acabei por ir lanchar.
O resto do dia foi inútil, como todos os outros, desde que esta quarentena começou! Sentei-me à secretária, aprendi umas danças do tik tok, vi uns vídeos e, do nada, eram 19 horas. Tinha chegado a hora de tirar o rabo da cadeira e ir fazer alguma coisa. Fiz umas danças, uns pinos, umas rodas e umas coisas de condição física. Enquanto fazia isto, pensava em outras coisas que a quarentena me roubou, como a ginástica e a dança.  Lembrei-me de todos os treinos de ginástica em que ríamos e ríamos, quando nos enganávamos, todos os treinos em que trabalhávamos em equipa, todos os treinos em que vinte pessoas se tornavam numa só. Lembrei-me dos ensaios da dança, que eram a minha parte preferida do dia, quando todos os problemas eram esquecidos apenas com uma música alta e uns movimentos. Lembrei-me dos dias em que chegava a casa exausta e com dores, desde a ponta do dedo do pé até ao cimo da cabeça, dores que, no final de tudo, valiam a pena e que, neste momento, nem direito a elas tenho. Enfim, chega de divagar!
Depois disto, fui jantar, passear novamente o cão e aproveitar os 15 minutos de liberdade que tinha. Voltei para casa e fui para a sala. Assistimos à novela e, quando acabou, vi dois episódios de uma série.
Por volta da 1 hora da manhã, decidi ir deitar-me, afoguei-me nos lençóis e fiquei a pensar, mais uma vez, em tudo isto a que chamamos de vida. Cansei-me de pensar e comecei a escrever, mais um dia, nas tuas páginas.
Agora, aqui estou eu, parada no tempo, há dois meses, sem saber até quando. Sinto-me impotente pelo facto de este problema ser superior a mim, ser superior a todos nós. Como é que um ser, que nem sequer é visível ao olho humano, pode causar tantos estragos? Sinto-me triste por estar a perder parte dos melhores anos da minha vida, como muitos dizem; triste por ter tido o último dia, naquela escola, e não o ter aproveitado como devia; triste por ter estado com a minha turma, pela última vez… Sinto que isto tudo é uma grande injustiça. No entanto, não posso fazer nada que mude esta situação, vou limitar-me a ter estes dias inúteis, porque, parecendo que não, salvam vidas…Vou dormir, até amanhã!

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Por Martim Mendes

Quarentena
A situação atual não é, claramente, a melhor, um vírus está a dominar o mundo. Grande parte da população mundial está de quarentena nas respetivas casas e a trabalhar a partir de lá. Outros estão a trabalhar no local de trabalho com o risco de serem infetados, por isso tomam as maiores precauções. Existem também aqueles que lutam contra o vírus. Claro que estamos todos nesta guerra e lutamos todos contra ele todos os dias, mas estou a falar daquelas pessoas que lutam diretamente com o vírus, como por exemplo, os médicos e as pessoas que estão infetadas.
A minha experiência de vida, com esta pandemia lá fora, tem sido bastante diferente do habitual, como se deve calcular. Não tenho estado muito tempo com os meus amigos e isso acaba por me deixar mais tempo para mim. Por um lado, isso é bom porque acabo por refletir sobre algumas coisas mas por outro lado é mau, pois pensar demais pode não ser assim tão bom, pode causar pensamentos errados ou  fazer-nos ver as coisas de uma  maneira diferente.                                                  
Os dias não variam muito, sinceramente parece que estou sempre a viver o mesmo dia e não saio dali. Menos aos fim de semanas, porque não tenho aulas, mas, sem ser isso, os dias baseiam-se sempre na mesma coisa, comer, dormir, estudar e ver um filme ou assim. Na minha opinião, não são as coisas mais interessantes para se fazer na vida, mas, neste momento, é o que há. 
Depois de dois meses a viver assim, não sei o que acontecerá no futuro comigo ou com as outras pessoas, mas, claro, espero que isto tudo acabe bem e o mais rápido possível. Não sei se vai ser assim tão rápido, mas pronto. 
A única coisa que me está a frustrar, neste momento, é saber que podia estar a realizar um sonho em casa e não ter possibilidades para isso. Mas quantos outros mais não têm?    

               
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Por João Nuno Silva

Quarentena
Hoje em dia, vivemos uma situação pouco habitual. Muitos dos nossos antepassados já passaram pelo mesmo, mas com outras epidemias, nomeadamente a gripe espanhola, a peste negra e muitas outras.
Esta situação não é muito agradável, mas, como tudo, tem as suas vantagens: melhor ambiente e melhor qualidade do ar e das águas. Muitas pessoas, nesta quarentena, têm praticado mais desporto, pois é a única forma de sair de casa.
No dia em que escrevo este texto, já não nos encontramos em estado de emergência, logo algumas restrições foram levantadas. Por isso, muitas pessoas pensam que agora está tudo bem, mas isso não é verdade. Agora, sim, o perigo vai aumentar, pois as pessoas deixam de ter tantos cuidados e começam a sair de casa mais vezes, o que poderá conduzir a uma maior propagação do vírus. Este é o momento para se ter um cuidado extremo, para evitar que o vírus tenha um aumento exponencial.
A preocupação económica poderá prejudicar a saúde, mas, na minha opinião, a saúde está sempre em primeiro lugar. Isso não se observa nas decisões do governo.
Contudo, acho que não devemos ficar desesperados. Devemos manter a calma e sermos sempre produtivos. Devemos estar sempre a fazer algum tipo de trabalho, neste caso para escola, por exemplo, para o tempo passar mais rápido.
Há uma coisa que acho curiosa e fascinante. Só de cem em cem anos é que vivemos este tipo de situações, logo são raras. Atualmente, estamos numa dessas situações e conseguir testemunhar isso tudo é gratificante. Digo isto sem querer ser egoísta, pois sei perfeitamente que muitas pessoas estão a passar maus bocados, mas para nos animarmos temos de ter pensamentos esperançosos.
Quando os estudantes se reencontrarem têm que ter muito cuidado, pois precisam de ter a noção que não se estão a pôr em risco só a eles, mas, também, os seus pais e os seus avós que, por vezes, pertencem a grupos de risco. Nunca deixar de perder o contacto é importante, mas contacto a mais pode ser prejudicial. Devemos ser prudentes e conscientes.  
Outro grupo que me preocupa são os que se encontram na faixa etária dos 65-80 anos. Sempre que saí de casa, via pessoas dessa faixa etária, todas juntas, a falarem, numa roda, sem máscara, completamente vulneráveis ao vírus e, como os cientistas disseram, este tipo de pessoas insere-se nos grupos de risco, nos que nem deviam sequer sair de casa, quanto mais ficar na rua a conversar sem máscara e sem proteção.
Na minha quarenta, tenho feito bastante desporto, tento sempre estar ocupado com algo para não me deprimir nem perder a sanidade mental, tenho tentado divertir-me ao máximo e aproveitar esta situação.


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Por Martim Santos

Outra realidade

2020 já era mau
Mas tinha de piorar
Aos incêndios da Austrália
O COVID-19 se veio juntar.


“Fique em casa”
É a frase que mais tenho ouvido,
Já se passaram 5 meses
E ainda temos o nosso futuro indefinido.


Lavar as mãos
E usar desinfetante
São medidas a adotar
Para evitarmos este vírus contagiante.


As escolas encerraram,
Tal como os centros comerciais
Só os mercados estão abertos
Para comprarmos bens essenciais.


Competições internacionais canceladas
E o desporto está parado
Já sinto falta do futebol
E de mais um golo do Ronaldo.


As mortes não param de subir
Tal como o número de empresas a falir,
A economia vai sofrer
E uma nova crise irá aparecer.


Já estou farto de ficar em casa
E de as minhas irmãs aturar
O mundo tem de se unir
Para este problema se ultrapassar.


A escola recomeçou
Porém com outra avaliação
Exercício físico tenho feito
Pois parar não é opção.


Os médicos uniram-se
Para descobrirem uma cura
Mas há um certo medo na população
Pois não sabem até quando isto dura.


Não é altura de rivalidades
Temos todos de colaborar
Se nos ajudarmos uns aos outros
Este problema iremos superar

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Por Ana Rita Sardinha

Quarentena

Durante a quarentena
Várias lições aprendemos.
Como a valorizar momentos
Que nunca mais viveremos.

Com tarefas e trabalhos,
A escola me aborrecia.
Mas para com os amigos estar,
Agora, tudo oferecia.

Quem mais gostamos,
Não podemos encontrar.
Nem as nossas rotinas,
Podemos abraçar.

No entanto, sabemos
Que, quando tudo passar,
Todos bem estaremos
E nos voltaremos a encontrar.

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Por Inês Freire

Tempos de pandemia 

Um vírus veio da China,
Chegou a todo o mundo.
Precisamos de uma vacina,
Para não batermos no fundo.

Nós ficámos em casa,
Muitos a trabalhar,
Outros, a imaginação, tiveram que puxar.

Os casos ora têm vindo a subir,
Ora têm vindo a descer.
Por isso, teve-se que às pessoas muito proibir
Para o mundo rejuvenescer.

Estivemos em estado de emergência,
Mas, ontem, já pudemos sair,
Ficando com a responsabilidade
Que devemos continuar com prudência.

Tempos melhores irão chegar,
Para rapidamente nos podermos abraçar!

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Por Mafalda Marques

5 de maio 2020


Querido Diário,                                                                                           
estamos em quarentena há mais de um mês, o que não tem sido fácil para ninguém. As notícias não falam de outra coisa a não ser deste vírus! Dizem-nos o que devemos fazer para nos protegermos e o que se passa noutras partes do mundo.
Já, em termos escolares, continuamos a ter aulas online e a ter trabalhos às várias disciplinas para fazer e entregar, temos também aulas na televisão, onde nos dão as matérias que precisamos de estudar.
Mas, mantermo-nos entretidos, quando não temos nem tarefas para fazer nem aulas para assistir, não é fácil.  Eu, para me entreter, costumo ver séries e filmes, ler livros, fazer os trabalhos propostos pela escola, navegar nas redes sociais, falar com os meus amigos, pois é sempre importante mantermos o contacto, e estar com a minha família.
Não sei quando isto vai acabar de vez, mas esperemos que, em breve! Por agora temos de manter as nossas rotinas e protegermo-nos ao máximo.


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Por Maria Silva

6 de maio 2020


Querido Diário,                                                   
Mais um dia banal e rotineiro desta quarentena.
Já não vejo os meus amigos desde o dia 13 de março e, apesar de já ter acabado o estado de emergência, não acho que fosse prudente sair já com eles. Contudo, tenho falado com alguns amigos por mensagem, apesar de não ser grande fã de conversas por mensagem, mas é a única forma de continuarmos a comunicar.
Os meus dias não têm nada de especial. O que me tem mantido entretida são as tarefas da escola, e mesmo as disciplinas que eu não gosto muito, tornaram-se uma boa forma de passar o tempo, pelo menos ocupam o meu cérebro com saber e não com futilidades e preocupações.
No início da quarentena, eu ia tendo interesse em ver as notícias, mas, desde que em Espanha as coisas começaram a piorar e nas notícias, cá em Portugal, mostravam idosos na rua sem a menor das preocupações em cumprir as regras da quarentena, eu parei de tomar tanta atenção. E para piorar a irritação que cresce dentro de mim, Donald Trump e Bolsonaro não demoraram a entrar nesta “festa” das parvoíces. Agora, sempre que vou à sala e os meus pais estão a ver uma notícia com algum deles a falar, apresso-me a pôr os meus fones e a isolar-me no meu mundo por uns momentos.
Esta quarentena permitiu-me ler alguns livros que eu já estava há algum tempo a adiar. Até agora li três, porém, tenho uma pilha de livros na minha mesinha de cabeceira ainda por ler. A parte mais divertida da minha quarentena foram as horas que passei a ler, adoro uma boa história que me prenda.
Para além de ler, outra das minhas diversões é ouvir música. Passo o meu dia a ouvir música, exceto às refeições e quando estou a ver séries. Em alguns dias, por uns meros momentos, troco a música por podcasts e, como todos os podcasts que eu oiço são de comédia, considero a melhor forma de me atualizar e de me rir com a situação que estamos a viver. Também tenho desenhado mais do que o costume, não sou muito boa a desenhar, mas também não me considero um desastre.
A experiência de ter aulas através de videochamadas e da telescola, digamos que está ser, bem… até que está a ser interessante, apesar de preferir as aulas na escola, nem há comparação, mas é melhor assim.
Tenho que admitir que, no início, fiquei um bocadinho feliz por poder acordar mais tarde e, nas primeiras semanas, assim o foi, especialmente durante as férias da Páscoa, mas acho que agora, excetuando os fins de semanas, ando a dormir menos do que dormia antes.
Já saí uma ou duas vezes para fazer os passeios higiénicos, mas sair para dar um passeio com os meus pais não é a mesma coisa que ir com amigos, não substitui, pois tudo é importante.
Das poucas vezes que saí, gostei de observar as pessoas com que nos íamos cruzando. Felizmente, havia pouca gente na rua e acredito que todas saíram com o mesmo propósito de arejar as ideias. Cada pessoa num lado da rua diferente. Algumas pareciam ter medo só de levantar a mão para acenar ou de dizer um simples olá.
Já ouvi algumas pessoas porem nas redes sociais que “este vírus nos veio mostrar que somos todos iguais e que era disto que estávamos a precisar, que foi a forma de Deus nos mostrar” como se, de repente, isto tudo se tratasse apenas de uma lição de moral.
Sim, somos todos iguais e não deveria existir diferenças entre nós, mas acho absurdo andarem a dizer coisas destas. Até parece que estão felizes por isto estar a acontecer. Contudo, penso que não se devem sentir propriamente felizes, apenas devem estar loucas para que exista uma razão divina que responda a este enorme Porquê?
Um dos meus receios de como será a vida após Covid é que nos tornemos mais distantes uns dos outros. Sempre considerei que os portugueses são um povo muito quente e conversador, um país em que no autocarro és capaz de encontrar uma velhinha que te conte a história da sua vida. Tenho receio que deixemos de ser assim, claro que vamos ter de ter mais cuidado, mas espero que não percamos uma das nossas melhores qualidades enquanto povo.
Acho que devíamos apagar este ano do calendário e começar tudo de novo.

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